Com vizinhos destes...
Hora: 19:40
Local: Entrada do prédio para onde nos mudámos recentemente.
Enquadramento: Chego com um livro enorme, um saco de compras a rebentar e a minha enorme mala numa mão e o belo do porta-chaves na outra.
Cena 1:
Confiante, "ataco" a caixa do correio: lixo, lixo e mais lixo... mas tanto lixo, que começo a segurá-lo entre os dentes.
Tento fechar a portinhola da caixa e ela... cai ao chão.
Vamos lá arranjar maneira de remediar a coisa: o saco ameaça ficar sem uma asa e a "Filipa de Lencastre" que a minha sobrinha me emprestou aterra em cima da embalagem das salsichas frescas... Sorry!!
Entretanto, começo a salivar para o correio que continuo a segurar entre dentes; a mala tomba e espalha tudo por ali como se estivesse em casa, a estúpida!
5 minutos - e uns 15º de raiva - depois, está tudo como quando cheguei, i. é, aparentemente normal: porta estragada mas encaixada. Ninguém diria que, com um simples toque, e cai outra vez.
Entretanto, passaram 2 vizinhos que, não só não responderam ao meu cumprimento de boa-noite, não se ofereceram para ajudar e fecharam-me a porta da entrada, deixando-me como opção, voltar a juntar tudo numa mão para tentar encontrar o porta-chaves...
Nota mental para mim mesma:
Cumprimentar os vizinhos enquanto me estou literalmente a babar, segurando publicidade entre dentes, com compras a espalhar-se de um saco de plástico de um lado, e coisas a sair de uma mala do outro, pode ser um cenário verdadeiramente aterrador para quem acaba de chegar a casa...
... Mas, bolas, eu só disse "Boa Noite", não ladrei!
Será que estavam com medo que lhes fosse alçar a perna???!?!!
Cena 2:
Dirijo-me à porta da entrada do prédio, - que é como quem diz, dois passos e um súbito ataque de vergonha depois - confiante e já com o lixo publicitário escondido entre a caixa dos cereais e os pães de leite.
O resto, excepção feita à "Filipa" que está religiosamente guardada na minha mala, está espalhado algures e já encontrei o raio do porta-chaves.
E é então que me vejo num dilema dos diabos: se tento forçar a chave, acabo por parti-la na fechadura. Parece manteiga, vira-se para todos os lados e nem sequer entra toda na fechadura...
Decido-me por tocar às campainhas dos vizinhos.
Nada.
Verifico nas janelas quais os andares que têm luz e opto por tocar só nessas campainhas.
Nada.
Atiro com tudo ao chão e resolvo ligar ao meu marido, para saber se ainda está longe de casa.
Nada.
Espero um bocado e começo a irritar-me ainda mais.
Mentalmente, solto todo o meu dicionário bracarense de palavrões, olho para a chave com o meu ar mais ameaçador (se esquecermos a cena anterior, claro...) e "ataco" a fechadura!
A porta abre... mas para apanhar tudo do chão, corro o risco dela se fechar.
3 minutos depois estou em casa a espalhar tudo na cozinha, danada que nem um peru na véspera de Natal!! 5 minutos depois, o meu marido chega a casa...
Nota mental para mim mesma:
Usar o truque da publicidade entre dentes quando:
- tiver que ir bater à porta dos vizinhos para pagar o condomínio;
- me tocarem à campainha se num destes dias acabar mesmo por partir a porcaria da chave dentro da fechadura.
Não usar este mesmo truque com o marido: corro o risco de lhe aumentar as saudades do nosso cão, que ficou em Leiria....
Local: Entrada do prédio para onde nos mudámos recentemente.
Enquadramento: Chego com um livro enorme, um saco de compras a rebentar e a minha enorme mala numa mão e o belo do porta-chaves na outra.
Cena 1:
Confiante, "ataco" a caixa do correio: lixo, lixo e mais lixo... mas tanto lixo, que começo a segurá-lo entre os dentes.
Tento fechar a portinhola da caixa e ela... cai ao chão.
Vamos lá arranjar maneira de remediar a coisa: o saco ameaça ficar sem uma asa e a "Filipa de Lencastre" que a minha sobrinha me emprestou aterra em cima da embalagem das salsichas frescas... Sorry!!
Entretanto, começo a salivar para o correio que continuo a segurar entre dentes; a mala tomba e espalha tudo por ali como se estivesse em casa, a estúpida!
5 minutos - e uns 15º de raiva - depois, está tudo como quando cheguei, i. é, aparentemente normal: porta estragada mas encaixada. Ninguém diria que, com um simples toque, e cai outra vez.
Entretanto, passaram 2 vizinhos que, não só não responderam ao meu cumprimento de boa-noite, não se ofereceram para ajudar e fecharam-me a porta da entrada, deixando-me como opção, voltar a juntar tudo numa mão para tentar encontrar o porta-chaves...
Nota mental para mim mesma:
Cumprimentar os vizinhos enquanto me estou literalmente a babar, segurando publicidade entre dentes, com compras a espalhar-se de um saco de plástico de um lado, e coisas a sair de uma mala do outro, pode ser um cenário verdadeiramente aterrador para quem acaba de chegar a casa...
... Mas, bolas, eu só disse "Boa Noite", não ladrei!
Será que estavam com medo que lhes fosse alçar a perna???!?!!
Cena 2:
Dirijo-me à porta da entrada do prédio, - que é como quem diz, dois passos e um súbito ataque de vergonha depois - confiante e já com o lixo publicitário escondido entre a caixa dos cereais e os pães de leite.
O resto, excepção feita à "Filipa" que está religiosamente guardada na minha mala, está espalhado algures e já encontrei o raio do porta-chaves.
E é então que me vejo num dilema dos diabos: se tento forçar a chave, acabo por parti-la na fechadura. Parece manteiga, vira-se para todos os lados e nem sequer entra toda na fechadura...
Decido-me por tocar às campainhas dos vizinhos.
Nada.
Verifico nas janelas quais os andares que têm luz e opto por tocar só nessas campainhas.
Nada.
Atiro com tudo ao chão e resolvo ligar ao meu marido, para saber se ainda está longe de casa.
Nada.
Espero um bocado e começo a irritar-me ainda mais.
Mentalmente, solto todo o meu dicionário bracarense de palavrões, olho para a chave com o meu ar mais ameaçador (se esquecermos a cena anterior, claro...) e "ataco" a fechadura!
A porta abre... mas para apanhar tudo do chão, corro o risco dela se fechar.
3 minutos depois estou em casa a espalhar tudo na cozinha, danada que nem um peru na véspera de Natal!! 5 minutos depois, o meu marido chega a casa...
Nota mental para mim mesma:
Usar o truque da publicidade entre dentes quando:
- tiver que ir bater à porta dos vizinhos para pagar o condomínio;
- me tocarem à campainha se num destes dias acabar mesmo por partir a porcaria da chave dentro da fechadura.
Não usar este mesmo truque com o marido: corro o risco de lhe aumentar as saudades do nosso cão, que ficou em Leiria....
Etiquetas: Episódios do dia-a-dia
Vontade de escrever saciada por Fractal SMOG às
22:52
6 Comentários:
Realmente, com vizinhos desses...
Para a próxima, em vez de ficares só com a "fama", tens o proveito e fazes o que escreveste: na hora de pagar o condomínio ou quando aquelas pessoas muuuuiiiito chatinhas te forem bater à porta, usas o truque da publicidade entre dentes!
E pões um bocadinho da espuma de barbear do marido nos cantos da boca!
Vais ver que é sucesso garantido!
;)
Bjs!
isto dava um filme...vá lá...uma curta-metragem...
realmente nao lembra a ninguém!!! aqui em braga as pessoas nao sao educadas. nao sei se isso se passa aqui, mas como falaste em braga... ainda bem que eu nao sou daqui! muitos nao respondem ao bom dia, outros parecem vindos sei lá bem de onde, os meus vizinhos de cima eu sei que vieram dos montes (só pode!), etc e tal.
olha, gostei do blog. já li até mais um ou dois textos. ainda bem que vieste parar ao meu blog. beijo e boa sorte com os vizinhos...
Paula: a da espuma de barbear não é nada má ideia...
Diabinho: Quando eu digo que a minha vida dava um filme ninguém acredita... Mas muitas curtas-metragens juntas tá que dava, não?
Caditonuno: eu não moro em Braga, moro cá para baixo, perto de Setúbal. Mas a má educação é um bocado generalizada... E olha que os meus vizinhos não vieram dos montes, são bem "tiozorros"!!!
AHAHAHA
Não consigo parar de rir, desculpa lá, porque se bem te conheço estavas com os nervos em franja!
Mas ao imaginar as cenas, só me lembro do Mr. Been!!! LOL
Foi mesmo à Bean, Berry, mas com som bracarense, se bem me entendes... ;)
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