À minha amiga Sandra Afonso
Sabem, ela nunca vai ler isto....
Esperem: NUNCA é uma palavra muito forte - ela não morreu!!!
Quando digo que ela não vai ler isto, é porque não lhe disse o endereço do meu blogue e duvido que, depois de tanto tempo sem escrever, os nossos amigos em comum lhe dêem o url para ela vir aqui espreitar....
Por isso, é nesta ideia reconfortante de "tu não me vais ler", que lhe escrevo...
... quase 11 anos depois de termos deixado de nos falar, de nos vermos... e sem sabermos porquê.
Devem estar a pensar:
"Olha a lata desta - onze anos sem a ver e sem lhe falar e chama-a de amiga!"
Pois é.... Mas a verdade é que chamo. MESMO!
AMIGA!!! Assim mesmo....
E sabem porquê?
Onze anos e um sorriso depois, foi tudo do que precisei para saber... para SENTIR... que passaram tantos anos.... e tempo nenhum.
*******
Eu e a Sandra fomos colegas de faculdade; daquelas amigas que até passam férias grandes uma com a outra; que os pais se passam a conhecer em nome dessa amizade, apesar de serem de distantes pontos geográficos do País; amigas que estudam juntas, que se matam a estudar para passar em exames; dividem livros, risos, choros, bebedeiras e chávenas de chá...
Aliás, Sandra, o chá foi um vício que me ficou e a culpa é toda tua.
Com as "securas" de agora, então,.... são litros por dia!
Mas adiante!
Um dia, sem quê nem para quê, apercebi-me que já não nos falávamos; que não nos encontravámos nas aulas... e deixei passar.
Deixámos passar.
E passaram onze anos!
**********
Mas a vida é tão curta e o mundo tão pequeno, que anos depois e eis que a Sandra é namorada de outro grande amigo meu: o Anselmo Crespo... Aquele jornalista - tal como a Sandra - que ainda não acredita que nem eu, nem ela, sabemos porque é que deixámos de nos falar....
Não sabemos e pronto, passou!, OK?, estás satisfeito???
***********
Passados todos estes anos, o Anselmo juntou-nos num bar da nossa cidade-natal (minha e dele) e foi como se nada tivesse acontecido... Porque continuamos sem perceber o que aconteceu.
***********
Então, a meio da conversa a Sandra pergunta-me:
- Mas tu não tinhas um blog?
- Até tinha dois - respondo-lhe.
- E paraste de escrever porquê?
- Porque... porque a escrita é uma paixão que me consome se a tento viver.
Mas consome-me tão violentamente que só penso nisso o tempo todo.... e, por isso, às vezes, tenho que parar. Parar para me lembrar que ela não é a minha vida, por muito que gostasse.
E foi então que ela me sorriu.
Não disse nada; apenas me sorriu.
E, 11 anos depois, encontrei no sorriso dela aquela empatia que me fez ver que ela compreende a minha maneira de ser face à escrita como nunca a consegui explicar a ninguém...
Obrigada, Sandra.
Por me teres entendido no teu sorriso... e por me teres recebido no abraço em que me lancei para ti assim que te (re)vi!
Só mesmo os amigos - de sempre e para sempre - nos reconhecem ao final de tanto tempo...
E foi para ela - e por causa dela - que me apeteceu voltar a escrever....
Esperem: NUNCA é uma palavra muito forte - ela não morreu!!!
Quando digo que ela não vai ler isto, é porque não lhe disse o endereço do meu blogue e duvido que, depois de tanto tempo sem escrever, os nossos amigos em comum lhe dêem o url para ela vir aqui espreitar....
Por isso, é nesta ideia reconfortante de "tu não me vais ler", que lhe escrevo...
... quase 11 anos depois de termos deixado de nos falar, de nos vermos... e sem sabermos porquê.
Devem estar a pensar:
"Olha a lata desta - onze anos sem a ver e sem lhe falar e chama-a de amiga!"
Pois é.... Mas a verdade é que chamo. MESMO!
AMIGA!!! Assim mesmo....
E sabem porquê?
Onze anos e um sorriso depois, foi tudo do que precisei para saber... para SENTIR... que passaram tantos anos.... e tempo nenhum.
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Eu e a Sandra fomos colegas de faculdade; daquelas amigas que até passam férias grandes uma com a outra; que os pais se passam a conhecer em nome dessa amizade, apesar de serem de distantes pontos geográficos do País; amigas que estudam juntas, que se matam a estudar para passar em exames; dividem livros, risos, choros, bebedeiras e chávenas de chá...
Aliás, Sandra, o chá foi um vício que me ficou e a culpa é toda tua.
Com as "securas" de agora, então,.... são litros por dia!
Mas adiante!
Um dia, sem quê nem para quê, apercebi-me que já não nos falávamos; que não nos encontravámos nas aulas... e deixei passar.
Deixámos passar.
E passaram onze anos!
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Mas a vida é tão curta e o mundo tão pequeno, que anos depois e eis que a Sandra é namorada de outro grande amigo meu: o Anselmo Crespo... Aquele jornalista - tal como a Sandra - que ainda não acredita que nem eu, nem ela, sabemos porque é que deixámos de nos falar....
Não sabemos e pronto, passou!, OK?, estás satisfeito???
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Passados todos estes anos, o Anselmo juntou-nos num bar da nossa cidade-natal (minha e dele) e foi como se nada tivesse acontecido... Porque continuamos sem perceber o que aconteceu.
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Então, a meio da conversa a Sandra pergunta-me:
- Mas tu não tinhas um blog?
- Até tinha dois - respondo-lhe.
- E paraste de escrever porquê?
- Porque... porque a escrita é uma paixão que me consome se a tento viver.
Mas consome-me tão violentamente que só penso nisso o tempo todo.... e, por isso, às vezes, tenho que parar. Parar para me lembrar que ela não é a minha vida, por muito que gostasse.
E foi então que ela me sorriu.
Não disse nada; apenas me sorriu.
E, 11 anos depois, encontrei no sorriso dela aquela empatia que me fez ver que ela compreende a minha maneira de ser face à escrita como nunca a consegui explicar a ninguém...
Obrigada, Sandra.
Por me teres entendido no teu sorriso... e por me teres recebido no abraço em que me lancei para ti assim que te (re)vi!
Só mesmo os amigos - de sempre e para sempre - nos reconhecem ao final de tanto tempo...
E foi para ela - e por causa dela - que me apeteceu voltar a escrever....
Etiquetas: Amigos
5 Comentários:
E olha que amigas dessas, tive uma até hoje. Desde os tempos de escola e também já não nos vimos há anos...
Mas como tu dizes: Só mesmo os amigos - de sempre e para sempre - nos reconhecem ao final de tanto tempo.
Grande verdade, xô dona Fractal Smog!
:)
Bjs!
Sabes Paula, as pessoas que são minhas amigas sabem que eu não sou de andar sempre a ligar...
... e quando nos encontramos, não passou tempo nenhum.
Beijos!
vou voltar aqui. espero que te apeteça continuar a escrever.
Alecrim,
Muito obrigada!
Só tenho pena de não conseguir espreitar o teu blogue, sem ser o da gastronomia!
Fractal Smog, se me facultares um email para luzluzluz4@hotmail.com, abro-te a portinhola do Alecrim...
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