quarta-feira, 23 de abril de 2008

Alguém conhece alguém...

.. que já tenha feito consultas com Osteopatas em Lisboa?

Que tal:
- Preços?
- Frequência de tratamentos?
- Resultados?

PS - Eu sei que a ordem das questões deveria ser outra mas...
... sim, há mesmo momentos na nossa vida em que o € se impõe a tudo resto...

:(

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domingo, 20 de abril de 2008

Abençoados Brasileiros!

Hora: 19h20
Local: Uma rua de Cascais, com moradias de um lado e pinhal do outro.
Enquadramento: Ia eu, a Fractal-Cunhada, a Fractal-Sobrinha e o Fractal-Esposo no Cunhada-mobile quando me comecei a sentir francamente mal. O Fractal-Esposo apercebe-se e a Fractal-Cunhada só tem tempo de parar o carro após a minha singela observação "Acho que vou vomitar"...

Saio do carro.
Está a chover e eu encosto-me a uma árvore para respirar melhor.
As lágrimas rolam pelas minhas bochechas.
Nisto, aproxima-se um casal com uma adolescente.

Cena:
- Desculpe, senhora, está passando mal?

Olho... E vejo uma senhora, gravidíssima, de braço dado com um senhor.

- Sim, estou. Obrigada por parar, mas estou com a minha família.
Vê? Estão no carro.

-Tem certeza que não precisa de nada?

- Absoluta. Obrigada e um bem-haja!

Moral da história:
Perceberam? Era um casal brasileiro.
Só podia, não é?

Onde é que em Lisboa - e arredores - alguém pára para perguntar como é que um desconhecido se sente, se precisa de ajuda?

Não digam que sou preconceituosa!!
Tenho colegas lisboetas a quem os seus conterrâneos não acudiram em situações de quedas com aproximação de autocarros e quase atropelamentos; de quedas em escadas rolantes ou escadas do Metro...

Em suma:
é preciso virem os tão "odiados" estrangeiros para o nosso País darem-nos uma valente lição de cidadania e humanismo!!!

É por estas, e por outras, que tenho saudades da minha cidade....
Aí, também nós somos estrangeiros no nosso País!!!

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quarta-feira, 16 de abril de 2008

Vida de trolha é que é!

A minha vida tem andado um bocado caótica: muito trabalho, pouca paciência, muito cansaço, problemas daqueles que não lembraria ao Diabo aprontá-los...
... Enfim, o costume!, mas agora elevado a um novo expoente de "Ai que se isto continua assim muito tempo, apago-me"!!

Nas minhas deambulações matinais para encontrar o Fractal-mobile, tenho reparado que as carrinhas dos trolhas que vivem neste ex-luxuoso condomínio em que moro ainda estão todas estacionadas.

Quando, noite dentro, regresso a casa, num estilo canídeo "fui abandonada à beira da estrada e, como se não bastasse ter fome, atropelaram-me", as benditas carrinhas já lá estão.

Dei por mim a pensar que eles têm mais sorte que eu: com a profissão que têm (e ainda terem de recolher/entregar os outros coleguinhas nas casas deles), conseguem sair e chegar a casa primeiro que eu!!

Pior: hoje dei comigo a INVEJÁ-LOS!!!
E quanto mais pensava que a minha insanidade está a atingir proporções tais que, sozinha, podia encher uma ala do Júlio de Matos, mais razões de inveja se me assomavam à vista!!!

Senão, vejam:

1 - Puxam pelo cabedal que se fartam, mas eu é que tenho um emprego fisicamente violento... pelo menos, de nós dois, quem se arrasta para atravessar o jardim e entrar no prédio sou eu!
Eles, é vê-los frescos, de roupa lavada, com os filhos ao colo, em amena cavaqueira, de pé, no meio da estrada!
Eu.. Só não tenho os restos de cimento no cabelo, porque de resto, dói-me o corpo como se tivesse andado a acartar baldes de massa!
(Aguentar-me de pé, é pura lei da Gravidade em suspensão... Assim que se proporciona, também caio!)

Em suma:
Trolhas - 1
Fractal - 0

2 - A sua única preocupação é não matarem alguém deixando cair material quando andam em cima de andaimes;
Eu tenho alturas em que, se existissem andaimes onde trabalho, me atirava deles!
(não, não me posso lançar das janelas: as medidas de segurança têm-nas bloqueadas... não vá pessoas como eu cederem à tentação de se atirar!)

Again:
Trolhas: 2
Fractal: 0

3 - Só puxam pela cabeça quando é para verem melhor a mulher que vai a passar... Assobios e piropos fazem parte da cultura laboral do trolha, logo não contam como esforço intelectual.
Eu... Se pudesse, também assobiava a alguns aspectos da cultura da Grande Empresa Portuguesa em que trabalho...
Mas já tenho o cérebro tão gasto que ele não consegue coordenar os lábios para o assobio!
Contudo, já me disseram uma vez que não sou paga para pensar, mas para executar... Logo, exerço funções para as quais não sou remunerada....

Esta última é muito má:
Trolhas: 4 (conta 2 vezes; eles nunca fariam nada tão grotesco como trabalhar sem lhes terem pedido!!)
Fractal: 0

4 - Os trolhas ganham bem, são muito bem remunerados à hora...
Eu... nem uma coisa nem outra. E ainda ouço desaforos daqueles a que não posso responder!

Contagem final:
Trolhas: 6 (trolha que é trolha, não leva desaforo para casa; só bom dinheiro!)
Fractal: 0

A juntar a tudo isto, recordo que trabalham ao ar livre e não enclausurados numa "box" com mais 20 e tal pessoas em ambiente de ar condicionado...
... e saem de casa depois de mim , entrando tanto tempo antes que, quando os vejo, parece que estão apenas a começar o dia.

Coisa ruim, a Inveja!!!...
Isso e a minha vida, porque a dos trolhas do meu bairro... vai lá, vai!

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Apresentação Lisboeta do livro do meu amigo!

Caríssimos, o prometido é devido!

Sessão de Lançamento do livro "No fundo de uma garrafa de Whisky":

Dia 29 de Abril, às 18h30 na Livraria Bertrand do Vasco da Gama.

Eu vou lá estar!

E vocês?

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sexta-feira, 4 de abril de 2008

Finalistas são como as Bruxas... "Qué las hay, las hay"

Hora: Logo a seguir ao almoço... hora da lanzeira!
Local: Minha sala de trabalho
Enquadramento: Um colaborador tenta, desesperadamente, fotocopiar qualquer coisa mas a vida não lhe está a correr muito bem...

Cena:
- Então, que se passa? Posso ajudar em alguma coisa?

- Fractal, não te importas? Não estou a perceber o que é que se passa... - diz o colaborador com um ar de desalento que mais se assemelha a canídeo abandonado à beira da estrada em véspera de férias de Verão....

- É este cartão? Vamos a isso! - digo-lhe da forma mais encorajante possível, sem olhar para o dito cartão, a ver o jovem, perde um pouco do ar de quem vai para a forca...

- Ah... Já está! Obrigado, Fractal! É da minha filha....

(Olho: é um cartão do SNS)

- Sabes Fractal, é para a minha filha levar para a viagem de Finalistas...

(Ia-me dando uma coisa... A filha??? Ele é mais novo que eu!, como é que a filha vai numa viagem de Finalistas??!?!!)

- A tua filha??? - devo estar com o ar mais tresloucado do mundo, pela forma como ele me olha...

- Sim, Fractal. Ela tem 5 anos e....

- E??? 5 anos?? Desculpa, tu disseste mesmo a tua "filha", "viagem de Finalistas" e "5 anos", tudo na mesma frase e é mesmo isso que queres dizer???!?!?!?

- Sim...

- P'lo amor da Santa, onde é que é miúdos de 5 anos vão em viagem de Finalistas???
Não, espera: desde quando é que existem viagens de Finalistas nesta idade???

- Pois, Fractal, também não sei responder a isso, mas lá que as há, há....


Moral da História:
Uma criança de 5 anos cujo aniversário não seja até 31de Dezembro - logo, que não vá entrar para a escola primária - é finalista de quê???

Esperem, que eu desta estou mesmo a aparvalhar de todo!!! Deixem-me reformular:
Mesmo que vá entrar para a Primária... DESDE QUANDO É QUE PITAS DE 5 ANOS SÃO FINALISTAS DO QUE QUER QUE SEJA???!?!?!!?!?

Caríssimos, vou ali ver se adopto uma criança... maior de 25 anos, e já volto!

Pelo andar da carruagem, quando chegar à altura de ter filhos, mesmo vivendo em casa dos pais e sem emprego, os de 25 são capazes de sair mais baratos e de dar menos dores de cabeça do que "começar do início"... Para eu ser logo assim mais para o tipo "Finalista de Mãe"....

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